Gonçalves de Magalhães:
Gonçalves de Magalhães é considerado o introdutor do romantismo no Brasil, sendo o responsável pela nossa primeira publicação romântica: Suspiros poéticos e saudades (1836). Seu livro e data de publicação foram escolhidos pela história da literatura como marco inicial do movimento romântico brasileiro.
Em Paris, Gonçalves de Magalhães fundou, juntamente com Porto Alegre, Sales Torres e Pereira da Silva, a Niterói, revista brasiliense, também em 1836. Nesta revista, Magalhães provou sistematicamente os ideais do novo movimento e o repúdio aos modelos clássicos, sobretudo o referente à mitologia pagã.
Uma das coisas vinculadas pela revista foi o ensaio redigido por Gonçalves de Magalhães “Sobre a História da Literatura do Brasil”, espelho da consciência crítica do grupo compilador da Niterói, que trata de uma retomada com algumas ampliações de toda a nossa história cultural descrita por alguns escritores estrangeiros.
O prólogo de Suspiros Poéticos e Saudades é considerado o primeiro manifesto teórico do nosso Romantismo. Reparem no nacionalismo, ideal pátrio e religiosidade expressa nas suas últimas palavras: “Vai [livro]; nós te enviamos, cheio de amor pela Pátria, de entusiasmo por tudo o que é grande, e de esperanças em Deus, e no futuro.”
Porém, Magalhães foi apelidado como “O Romântico Arrependido”, pois ainda que teorizasse como romântico, continuava escrevendo com influência da cartilha clássica.
OBRAS
Teatro
Antonio José ou O Poeta e a Inquisição (1838)
Olgiato (1839)
Poema épico
Confederação dos Tamoios (1856).
*Esta publicação foi motivo de polêmica com José de Alencar, que contestou a validade de uma forma já ultrapassada, bem como o paradoxo que a obra de Magalhães instaura ao defender tanto o índio com o catequizador, dubiedade não permitida pela estrutura épica.
Poesia Lírica:
Suspiros Poéticos e Saudades (1836)
Outros
Os mistérios (1857)
Fatos do Espírito Humano, tratado filosófico (1858)
Urânia, poesias (1862)
Cânticos fúnebres, poesias (1864)
A alma e o cérebro, ensaios (1876)
Comentários e pensamentos (1880)
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